
GREVE GERAL NA FACULDADE DOM BOSCO
Professores e funcionários da Faculdade Dom Bosco, de Cornélio Procópio, entram em greve geral a partir de hoje. O movimento tem o apoio do Sinpro Londrina, após reunião de emergência realizada hoje por sua diretoria, diante da situação de total descalabro que tomou conta da relação da instituição para com seus funcionários.
Entre os principais problemas estão:
– Não pagamento do salário mensal de alguns profissionais desde agosto de 2016;
– Não recolhimento de FGTS;
– Não pagamento generalizado de férias e 13º;
– Pagamento fraudulento com cheques sem fundo a diversos de seus funcionários;
– Descumprimento sistemático de todos os acordos fechados com os profissionais e com o sindicato para parcelamento das dívidas;
– Descumprimento de TAC assinado com o Ministério Público do Trabalho em maio de 2016.
No TAC – termo de ajustamento de conduta, acima citado, feito após denúncia do Sinpro, a Faculdade Dom Bosco se comprometia a regularizar os pagamentos a partir do qu dia útil de junho de 2016, sob pena de pagar multa de mil reais por professor por mês. A multa vai para o FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador.
A empresa no entanto pagou apenas alguns meses e rompeu o acordo, o que levou o Sinpro a pedir ao Ministério Público a aplicação da pena de multa prevista no TAC.
Outra face grave do caso da Dom Bosco é o total descaso para com seus funcionários. Embora não pague os salários há meses, a insituição não envia sequer um e-mail oficial explicando a situação e apresentando alguma solução para a a crise, colocando a culpa em professores ou no Governo Federal (não repasse do FIES). Ela não conta para seus funcionários os reais motivos pelos quais se tornou praticamente a única instituição de ensino superior da região a não receber tal repasse.
“Diante desse quadro de total descaso para com os direitos trabalhistas, o Sinpro apoia a decisão de greve tomada pelos profissionais da Dom Bosco a partir de hoje. Professores e funcionários devem parar tudo e denunciar qualquer tentativa da Faculdade de coação ou ameaça contra eles”, explicou Luiz Fernando Cunha, diretor do Sinpro.
Nesta semana ainda, o Sinpro apresentará aos profissonais da Dom Bosco as ações que a greve começará a pôr em prática, como a parada permanente de um caminhão de som em frente à Dom Bosco, divulgação da paralisação em todos os jornais e rádios da região, e a confecção de um material exclusivo que será enviado aos alunos e pais que são clientes da faculdade, dentre outras.
“Até aqui, fizemos o possível para que a Dom Bosco se manifestasse, e tivesse respeito para com seus funcionários. Agora, a greve não acaba enquanto os pagamentos não forem feitos”, finalizou André Cunha, presidente do Sinpro.